Permita-me o leitor uma deriva mais conceptual para o fenómeno do empreendedorismo. Sabemos hoje que a educação para o empreendedorismo deve começar muito mais cedo do que no ensino superior (onde, muitas vezes, os alunos chegam já com o “receio inscrito no seu ADN”).

Educação

Este tema deve ser abordado no ensino básico, secundário, permitindo aos alunos explorar ideias, pensar negócios e em todas as vicissitudes necessárias para o fazer crescer. De facto, muitas escolas e entidades perceberam a importância desta questão e, nos últimos 10 anos, a promoção do empreendedorismo tem sido pare integrante dos curricula (formal ou informalmente) de muitas entidades. Esta é uma atitude que segue um exemplo positivo norte-americano, onde é tradicional incutir o espírito do “negócio” desde cedo nas crianças – certamente o leitor terá visto, em algum filme ou série, a famosa “barraquinha de limonada” (ou a venda de garagem) onde as crianças tentam, à porta de casa dos pais, gerar algum retorno vendendo copos de limonada fresca.

Revolução

Esta é uma forma de colocar crianças em contacto com dinheiro, venda e custos que se opõe a uma certa antiga tendência nacional de afastar as crianças do dinheiro, dos negócios, da venda (e muitas vezes os alunos chegavam aos 18 anos sem saber o que é um cheque ou uma fatura e com a tendência para desconfiar de todas as formas empresariais). Neste sentido, as novas gerações parecem agora mais preparadas para arriscar, para encetar processos de tentativa e erro (porque o fracasso não tem de ser estigmatizado) e cortar algumas das amarras culturais que as prendiam. E isto é tão mais necessário quando temos à porta uma revolução.

Limonada

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